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Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade – Educação investe na formação de novos pesquisadores

 

Composição de fundo cinza, com hexágonos estilizados em vinho. Sobre o fundo, há o texto Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade - Educação: Formação de pesquisadores na América Latina. O logo da Fundação Carlos Chagas e seus perfis nas redes sociais aparecem em uma barra inferior branca.

|24/04/24

Sediado na Fundação Carlos Chagas, o CIERS-ed atua há quase 20 anos na interface com diversas áreas de conhecimento 

Por Luanne Caires

A formação de um pesquisador não se resume a ler artigos acadêmicos e escrever dissertações e teses sobre seu tema de estudo. Desenvolver o senso crítico, a capacidade de diálogo e a compreensão de diferentes perspectivas exige transitar entre espaços, teorias e experiências diversas. Como maneira de promover o intercâmbio de pessoas e ideias necessário à qualidade da pesquisa, o Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade – Educação (CIERS-ed), sediado na Fundação Carlos Chagas (FCC), tem recebido pesquisadores em estágio doutoral de diferentes países da América Latina. 

Desde sua criação em 2006, doutorandos de universidades da Argentina, da Colômbia e do México tiveram estadia no Departamento de Pesquisas Educacionais da FCC para desenvolver trabalhos com interface entre representações sociais, educação, psicologia, política e estudos feministas. 

A passagem pelo estágio doutoral tem deixado um legado entre diferentes gerações de instituições parceiras. É o caso da Universidad Distrital Francisco José de Caldas, com sede em Bogotá, na Colômbia. Em 2009, Antonio Lobato Junior, licenciado em Pedagogia e Filosofia e atualmente doutor em Educação, foi o primeiro doutorando a participar de um estágio no Centro. Seu tema de interesse foi a pesquisa nas faculdades de educação de Bogotá e as representações sociais dos professores, e seu estágio no Brasil foi conduzido sob a supervisão da professora Clarilza Prado de Sousa.

Quatro anos depois, mais uma doutoranda da mesma universidade fez parte do programa no CIERS-ed: Carlota Gaitan, também focada em faculdades de educação, investigou as representações sociais de estudantes sobre experiências formativas. E, hoje, quem ocupa o posto de estágio doutoral é Yarilpa Parra, que investiga as representações sociais de gestores e professores da educação infantil sobre essa etapa da educação básica. Ambas contaram com a supervisão da professora Lúcia Villas Bôas. 

Também passaram pelo estágio doutoral Cynthia Maria Torres Stöck, em 2012, durante o desenvolvimento de sua tese sobre representações sociais e liderança política na Universidad Nacional de Tucumán (UNT – Argentina), e Josefina Parra Toledo, em 2019, que realizou um estudo transcultural da menopausa a partir de experiências de mulheres mexicanas e brasileiras como parte de sua tese na Escuela Nacional de Antropología e Historia (ENAH – México). Tanto Cynthia quanto Josefina foram supervisionadas no Brasil pela pesquisadora Adelina Novaes. 

Para Lúcia Villas Bôas, uma das coordenadoras do CIERS-ed na Fundação Carlos Chagas, o estágio doutoral permite ao estudante explorar diferentes abordagens e complementar o aprendizado adquirido no decorrer do doutorado: “Ao vivenciar a dinâmica de um ambiente de pesquisa ativo, os doutorandos têm a oportunidade de aprofundar sua compreensão sobre temas específicos, desenvolver habilidades metodológicas e estabelecer colaborações internacionais, enriquecendo assim sua formação acadêmica e profissional.”

O CIERS-ed recebe ainda pesquisadores em nível de pós-doutorado e que tenham interesse em outras modalidades de estadias acadêmico-científicas, como coorientações ou períodos sabáticos. As duas principais linhas de pesquisa atuais são: 1) Docência: formação, profissionalidade e representações sociais, e 2) Estudos teóricos e metodológicos em representações sociais. 

Na parte de estudos teóricos, uma pesquisa sobre a produção brasileira a respeito de articulações entre representações sociais e subjetividade entre 2000 e 2010 foi desenvolvida pela pós-doutora Helenice Maia Gonçalves, sob supervisão de Clarilza Prado de Sousa. A leitura de desenhos como proposta metodológica aplicada ao estudo das representações sociais também foi tema de pós-doutorado no CIERS-ed. Neste caso, o projeto foi desenvolvido por Paulo Afranio Sant’Anna sob supervisão de Adelina Novaes. E André Lira, sob supervisão de Lúcia Villas Bôas, investigou percursos e apropriações conceituais relacionados à identidade e às práticas de professores. 

Atualmente, o professor Adroaldo Lunardelli integra o programa de estágio pós-doutoral do CIERS-ed, com uma pesquisa supervisionada por Lúcia Villas Bôas, na temática de representações sociais sobre o “bom professor” no ensino superior de Farmácia. O professor Arthur Vianna Ferreira também faz parte do programa, sob supervisão de Adelina Novaes, com estudo sobre representações dos educadores sociais sobre as práticas socioeducativas na região metropolitana do Rio de Janeiro.

“O estágio pós-doutoral consolida e expande ainda mais a expertise em uma área específica de pesquisa. Durante esse período, os pós-doutorandos têm a liberdade de explorar novas ideias, aprofundar habilidades técnicas e ampliar colaborações multidisciplinares, o que fortalece, inclusive, a atuação de redes de pesquisa”, comenta Lúcia.  

Saiba mais
Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade – Educação
Presente em mais de 40 universidades de vários países, o CIERS-ed realiza investigações científicas no âmbito da educação por meio do estudo da teoria das representações sociais em articulação com outros campos do saber. As análises incluem os processos educacionais e também suas consequências em diferentes contextos sociais.