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  5. Engenharia, Trabalho e Relações de Gênero numa Perspectiva Longitudinal: Tendências e Transformações no Período 2002-2013

Coordenação: Maria Rosa Lombardi

Equipe: Débora de Fina Gonzalez ( Bolsista FCC- outubro 2013 a julho 2014)

Duração: 1 ano, de julho de 2013 a julho de 2014

Financiamento: não houve financiamento externo

Objetivos e metodologia: O projeto pretendeu conhecer as características da formação e do trabalho e a situação do mercado de trabalho para engenheiros e engenheiras atualmente, comparando-as com as de 10 anos atrás, no início do novo milênio. Esta pesquisa manteve como perspectivas centrais da análise, as relações de gênero, de qualificação e geração, e a perspectiva evolutiva temporal, ao partir de indícios identificados para a década de 1990, com o intuito de confrontá-los com a realidade atual. Metodologicamente, se constituiu em pesquisa exploratória e se desenvolveu em duas fases:  uma fase inicial quantitativa, com análise de dados dos Censos do Ensino Superior referentes aos cursos de engenharia, compilados pelo site EngenhariaData; das PNADs/IBGE e da RAIS/MTE, para dimensionar a ocupação e o mercado de trabalho dos engenheiros no Brasil.  Na sequencia, realizou-se uma fase qualitativa, visando compreender a natureza das transformações por que vem passando o ensino e o trabalho técnico da engenharia, seus reflexos no posicionamento dos profissionais no mercado de trabalho, particularmente, das engenheiras. Esta etapa consistiu de análise de documentos e de noticiário de imprensa, entrevistas com acadêmicos, coordenadores de cursos de engenharia e profissionais de destaque da área. Permitiu delinear um panorama da evolução e das transformações do ensino e do trabalho da categoria profissional na década em análise e embasar as decisões para o delineamento de estudo subsequente, desenvolvido desde o segundo semestre de 2014 até meados de 2016, “Engenharia, trabalho e relações de gênero na construção de habitações”, com financiamento FAPESP.

Complementarmente, procurou-se por experiências inovadoras de mulheres na área da engenharia que explicitassem suas vivências como engenheiras e suas estratégias no sentido de transformar as relações de gênero nesta área profissional predominantemente masculina. Através de levantamento inicial realizado a partir de conhecimento anterior das entidades e instituições e da consulta a materiais recentes produzidos, principalmente via internet, foi possível localizar três experiências distintas desenvolvidas na última década na área da engenharia voltadas a mudanças nas relações de gênero e a melhorias nas condições das mulheres neste âmbito profissional. São elas: a adesão ao Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (CERA/RJ), a instituição da Diretoria da Mulher na Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE) e a criação do Grupo de estudos de gênero (PoliGen) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Ainda nesta fase exploratória, para conhecer melhor essas experiências, realizaram-se entrevistas com engenheiros e engenheiras e estudantes de engenharia engajados nas três iniciativas. Esta vertente de pesquisa foi posteriormente integrada ao projeto FAPESP acima mencionado.