Olhares psicossociais para a prática docente

Pesquisadores DPE/FCC: Adelina Novaes (coord.) e Lúcia Villas Bôas (coord.)

Pesquisadores Colaboradores: Pesquisadores associados ao CIERS-ed

Financiamento: Unesco, FCC (o projeto recebe apoio financeiro das agências estaduais e federais de fomento à pesquisa, bem como das instituições participantes)

Instituições parceiras: PUC-PR, PUC-SP, Universidade Católica Portuguesa (Portugal), UERJ, UFAL, UFMA, UFMT, UFPA, UFPB, UFRN, UFVJM, UNEB, Unesa, Unesp, Unicid, Unisantos e Uniube

Vigência: 2018-2025

Descrição: A pesquisa em curso é multissituada e busca oferecer uma pluralidade de informações contextualizadas sobre o trabalho docente, por meio de estudo psicossocial, de caráter etnográfico, amparado por variados métodos de coleta e análise. O objetivo é ampliar as conexões entre representações sociais e práticas docentes, a partir da consideração de distintas formas de linguagem in loco. Assume-se que uma pesquisa de natureza multicêntrica deve garantir a produção de informações a partir de uma base metodológica comum que permita, além de análises circunscritas aos interesses dos grupos de pesquisa, sistematização e interpretações abrangentes, incluindo corpora de análise extensos e de diversas procedências. Por essa razão, foram adotadas duas estratégias: i. organização de um protocolo de pesquisa com cinco orientações relativas aos procedimentos metodológicos de produção de informação; e ii. compilação das informações produzidas em um banco sistematizado na FCC. O protocolo é composto por um conjunto de quatro instrumentos (Roteiro de Contextualização, Roteiro de Observação de Aula, Carta do Docente e Conversa entre Estudantes) e de uma carta para o diretor da escola onde a pesquisa será desenvolvida. Os instrumentos visam à compreensão de representações sociais de educadores e educandos sobre ser professor e ser aluno, prática docente e prática discente, bem como sobre o contexto escolar. Em 2021, foi realizado um levantamento com os 44 grupos de pesquisa envolvidos, com vistas a planejar o retorno (presencial) ao campo em 2022, após o intervalo de cerca de dois anos decorrente do ensino remoto emergencial no Brasil e no exterior. Em janeiro de 2023, começamos a receber os registros e os grupos que ainda não concluíram a produção dos dados têm buscado conciliar o cronograma da pesquisa com o planejamento das atividades escolares, neste início de ano letivo. A expectativa é que as contribuições de uma etnografia multissituada com amparo na teoria das representações sociais permitam produzir generalização analítica a partir do estudo das convergências e especificidades do material reunido por todos os grupos, bem como auxiliem na formação de estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado associados aos grupos participantes do projeto.