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Projeto inicia a construção de instrumentos de medida para avaliar a convivência nas escolas públicas de São Paulo

 

Cartaz com os dizeres: Fundação Carlos Chagas. Convivência nas escolas públicas de São Paulo. A imagem tem fundo vermelho, com formas onduladas e brancas nas laterais.

|07/02/23

Iniciativa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, em parceria com a Unesco, a pesquisa é conduzida pela Fundação Carlos Chagas e considera a perspectiva de estudantes, professores e equipe gestora da rede de ensino 

Por Alessandra Leite 

Fazer um diagnóstico consistente da convivência escolar envolvendo todos os atores desse contexto, de modo a estabelecer um amplo espaço de reflexões e ações em prol de uma convivência ética e democrática nas escolas. Essa é a expectativa do projeto Construção e validação de instrumentos de medida para o diagnóstico da convivência escolar para a Rede Municipal de Ensino de São Paulo, executado pela Fundação Carlos Chagas (FCC) via edital da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP) em parceria com a UNESCO. 

O projeto tem o intuito de desenvolver uma matriz de referência teórica, no sentido de contemplar quatro eixos de análise a respeito da convivência escolar: a convivência pacífica, a convivência inclusiva e a diversidade, a convivência cuidadosa e a convivência ética e democrática. Para cada um dos eixos, a equipe de pesquisa estabeleceu um constructo teórico, a partir do qual foram elaborados itens avaliativos para coletar as percepções de gestores, professores e estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental sobre as diferentes convivências. 

Adriano Moro, pesquisador do Departamento de Pesquisas Educacionais (DPE) da FCC e um dos coordenadores do projeto, destaca que investir na qualidade da convivência escolar pressupõe ações que propiciem a saúde e a segurança pessoal, social e emocional dos atores escolares, em um ambiente onde as relações interpessoais sejam justas, respeitosas e democráticas. Para a construção dessa convivência ética, é necessária a busca de valores como justiça, solidariedade e respeito, com benefícios em diferentes aspectos do processo educacional. 

“Diversas pesquisas têm evidenciado a inter-relação entre bem-estar, clima escolar positivo, promoção da convivência e menos evasão escolar, maior sentimento de pertencimento, melhor desempenho acadêmico, menor incidência de bullying e de sofrimentos emocionais, entre tantos outros [aspectos]”, enumera o pesquisador. 

Para que as ações ligadas à convivência sejam feitas de forma segura e eficaz na mudança da realidade escolar, entender as configurações do contexto de cada escola é fundamental, o que exige um bom diagnóstico, capaz de identificar as percepções das relações interpessoais vividas e das dinâmicas educacionais experienciadas na escola pelos seus diferentes agentes. 

Com isso em mente, a expectativa da equipe de pesquisa, segundo Adriano, é que no futuro os instrumentos de medidas sejam validados teórica e estatisticamente, de modo a contemplar todos os docentes, equipe gestora e estudantes da educação básica, permitindo um diagnóstico consistente acerca da convivência.

Saiba mais
Observatório Internacional para o Clima Escolar e a Prevenção da Violência
A Fundação Carlos Chagas faz parte de um acordo de cooperação científica com o Observatório Internacional para o Clima Escolar e a Prevenção da Violência, sediado na Universidade de Sevilha, Espanha. Como parte da parceria, estão as atividades do Grupo de Interesse Especial “Entendimentos e práticas de mensuração: clima escolar e prevenção da violência”, coordenado por Adriano Moro em conjunto com a pesquisadora Nikolett Arató, da Universidade Eötvös Loránd (Hungria).

“Esta publicação tem a cooperação da UNESCO e da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP) no âmbito da parceria PRODOC 914 BRZ 1147, Edital 04/2021 (Convivência Escolar), cujo objetivo é fortalecer a governança da Educação no Município de São Paulo por meio de ações de inovações à qualidade educativa e à gestão democrática.
As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste relatório não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou limites.
As ideias e opiniões expressas nesta publicação são as dos autores e não refletem obrigatoriamente as da UNESCO nem comprometem a Organização.”