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Pesquisa promove construção e validação de instrumentos de medida para diagnóstico da convivência escolar

Estudo da Fundação Carlos Chagas apresenta maneiras de compreender as relações interpessoais entre integrantes da comunidade escolar da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, passo fundamental para a proposição de uma convivência ética e democrática na escola

Jade Castilho

Publicado em:

12/02/2025 19:54:49

A partir da compreensão da escola como um espaço de organização, sistematização e construção de conhecimento, uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Carlos Chagas, via edital da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP) em parceria com a UNESCO, elaborou e validou instrumentos de medida para o diagnóstico da convivência nas escolas da capital paulista. 

O estudo teve como objetivo desenvolver uma matriz de referência teórica com quatro eixos de análise: a convivência pacífica, a convivência inclusiva e a diversidade, a convivência cuidadosa e a convivência ética e democrática. 

O novo volume da série Textos FCC apresenta detalhes de cada etapa da pesquisa, intitulada Construção e validação de instrumentos de medida para o diagnóstico da convivência escolar para a Rede Municipal de Ensino de São Paulo

Na publicação, é possível acompanhar os processos desde a aproximação da equipe de pesquisadoras e pesquisadores com a rede, até a definição dos eixos de análise, a realização das sessões avaliativas e a elaboração dos itens da versão preliminar dos instrumentos. 

O diagnóstico da convivência escolar é um dos passos necessários para enfrentar eventuais problemas de convivência e manifestações de violência; promover o bem-estar no ambiente educacional e investir na formação cidadã. 

Neste sentido, a partir dos instrumentos de medidas e seus resultados, docentes e integrantes da equipe gestora podem refletir e discutir, com a comunidade educativa, ações de mediação de conflitos, incentivo ao diálogo, ao respeito, à cooperação na tomada de decisões e na elaboração de regras.

Para Adriano Moro, pesquisador do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas (DPE/FCC) e um dos coordenadores do projeto, a convivência escolar deve ser vista como pilar para a promoção de um ambiente saudável, respeitoso, justo e democrático para todas as pessoas da  comunidade escolar.

“A unidade escolar poderá, a partir do diagnóstico da convivência, identificar as percepções de estudantes, docentes e da equipe gestora acerca da dinâmica educacional que envolve as relações interpessoais do dia a dia e propor planos de ações para o desenvolvimento sociomoral e emocional das pessoas, de maneira que a convivência seja um aprendizado contínuo, com ênfase na formação integral do sujeito", comenta. 

Para a elaboração dos instrumentos de medida, a equipe de pesquisa se empenhou na aproximação com especialistas da SME que atuam com as relações de gênero, étnico-raciais, da educação especial e educação bilíngue para surdos, visando à construção de instrumentos que contemplassem a diversidade e os contextos dessa rede. 

“Considerar a diversidade e a acessibilidade desde o planejamento de um projeto de pesquisa e em todas as suas etapas é o melhor caminho para o desenvolvimento de práticas inclusivas”, pontua Adriana Pagaime, pesquisadora do DPE, que participou do projeto.

Confira o relatório da pesquisa publicado na série Textos FCC

Saiba mais 

Construção e validação de instrumentos de medida para o diagnóstico da convivência escolar para a Rede Municipal de Ensino de São Paulo (RME) 

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