Fundação Carlos Chagas lança linha de pesquisa em Educação Especial Inclusiva
Lançamento ocorreu durante seminário com presença de pesquisadores, docentes e representantes de movimentos sociais e de governos
Luanne Caires
18/09/2025 20:05:08
No mês que marca o Dia Nacional da luta das pessoas com deficiência, também chamado de Setembro Verde, a Fundação Carlos Chagas reforça seu compromisso com a educação como direito fundamental para todas as pessoas e lança a linha de pesquisa Políticas e práticas inclusivas: deficiência, tecnologia assistiva e anticapacitismo, com a coordenação da pesquisadora Adriana Pagaime.
Inserida no grupo Educação e Trabalho: gênero, raça e deficiência na perspectiva dos direitos humanos, do Departamento de Pesquisas Educacionais (DPE) da FCC, a linha, fundamentada na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e no modelo social de deficiência, será dedicada a estudos voltados às políticas públicas de inclusão escolar e social, acesso, permanência e participação na educação básica, na educação superior e no mundo do trabalho, em interlocução com os marcadores sociais gênero, raça e socioeconômico.
O lançamento da linha de pesquisa compartilha uma característica que permeia a atuação da FCC como um todo: a promoção do debate público sobre uma educação de qualidade e inclusiva no país. Por esta razão, a Fundação Carlos Chagas, realizou, entre os dias 8 e 9 de setembro de 2025 em São Paulo, o 1º Seminário de Educação Especial Inclusiva: contextos, desafios e possibilidades.
“O DPE, ao longo de seus 54 anos, tem buscado aliar a produção de conhecimento a uma sólida contribuição para a formulação e implementação de políticas públicas, subsidiando novos estudos, programas e ações, com foco no reconhecimento da educação como direito fundamental para todas as pessoas, sem nenhuma distinção”, destaca Sandra Unbehaum, coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da FCC e líder do grupo de pesquisa no qual a nova linha está inserida.
Com participação de pesquisadores de diferentes regiões do Brasil, educadores de redes públicas e privadas, profissionais atuantes na formação docente e representantes de secretarias municipais e estaduais de educação e da pessoa com deficiência de São Paulo, o seminário assegurou serviços e metodologias de tecnologia assistiva com o objetivo de garantir participação equitativa de todas as pessoas. Além de interpretação em Libras, audiodescrição aberta e estenotipia (legenda em tempo real), o evento contou uma equipe de monitoria de acessibilidade para atendimento às pessoas com deficiência que participaram do evento.
A articulação entre pesquisa, formação de professores, condições de trabalho nas escolas, planejamento e implementação de políticas públicas, e o capacitismo, marcou o debate em todas as atividades do seminário. Para Adriana Pagaime, pesquisadora do DPE/FCC e coordenadora da organização do evento, o seminário foi uma “oportunidade de dialogar sobre os desafios e avanços nas políticas de inclusão escolar no âmbito da Educação Especial Inclusiva e da Educação Bilíngue de Surdos, tendo como eixo, em todas as mesas, a formação docente continuada para atuar com esse alunado”.
A nova linha de pesquisa faz parte de uma série de iniciativas da Fundação Carlos Chagas para fortalecer suas práticas inclusivas internas e na prestação de seus serviços. “A Fundação vem buscando cada vez mais ser e promover espaços que respeitem todas as pessoas nas suas individualidades de raça, cor, gênero, classe social ou deficiência”, como destaca Evandro Tansini, Diretor Vice-Presidente Operacional da instituição.