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Avaliar para melhorar a educação: das políticas públicas ao clima nas escolas

Com diversidade de abordagens, grupo de pesquisa da Fundação Carlos Chagas contribui para o aprimoramento dos processos educacionais ao analisar políticas, programas e escolas em diferentes dimensões

01/08/23 | Por Luanne Caires, assessora de imprensa no Núcleo de Comunicação da Fundação Carlos Chagas, e-mail: comunicacao@fcc.org.br

Grupo de Pesquisa Avaliação Educacional - Avaliar para melhorar a educação: das políticas públicas ao clima nas escolas. Logo da Fundação Carlos Chagas. Ícones do LinkedIn, Instagram e YouTube @fundacaocarloschagas

Uma educação de qualidade para ser alcançada encontra na avaliação uma ferramenta indispensável. Embora seja relativamente simples associar essa afirmação ao processo de avaliar a aprendizagem dos estudantes na sala de aula, a avaliação no campo educacional vai muito além da análise do desempenho de professores e alunos. Avaliar, na área da educação, engloba também as políticas públicas, a implementação de programas e dos seus  resultados, a atuação de gestores, de coordenadores e de professores, e o clima na escola. A Fundação Carlos Chagas (FCC), atenta à importância da atividade avaliativa, conta com o grupo de pesquisa Avaliação Educacional, que se dedica à produção, sistematização, análise e divulgação de pesquisas, além de promover reflexões sobre teorias e métodos da área.

Para Adriana Bauer, pesquisadora da FCC e líder do grupo, ser avaliador é ser curioso: “Eu acho que o avaliador tem que gostar de se colocar questões. Esse aluno aprendeu ou não aprendeu? Esse programa alcançou seus objetivos ou não alcançou seus objetivos? Aquele currículo está adequado ou não está adequado? São todas perguntas avaliativas”, afirma. 

A curiosidade pode se manifestar em diversas dimensões e com diferentes objetos de interesse. Em uma escala mais ampla dos processos educacionais, é preciso olhar para as diretrizes e políticas que guiam as ações do país, dos estados e dos municípios ao determinar princípios, objetivos, responsabilidades e limites que regulamentam a prática educacional. Neste sentido, projetos que se propõem a avaliar políticas e programas públicos, seus pontos fortes e fracos e sua implementação são fundamentais para aprimorar essas políticas e conhecer seu alcance em escolas de diferentes redes de ensino. 

É o caso, por exemplo, do projeto Meta-Avaliação da Prova São Paulo, que busca realizar um diagnóstico da Prova São Paulo que integra a política do Sistema de Avaliação do Aproveitamento Escolar dos Alunos da rede municipal de ensino paulistana. Afinal, mesmo as avaliações precisam ser avaliadas e, assim, aprimoradas em sua aplicação e no uso de seus resultados.

A partir de políticas ou da identificação de necessidades gerais, as redes de ensino, secretarias de educação e até mesmo instituições da sociedade civil podem implementar diferentes programas, como o Programa de Ensino Integral do Estado de São Paulo ou o  Programa Nacional Profissional em Ensino de Física (PROFIS/MNPEF). Avaliar como esses programas são desenvolvidos e seus impactos no ambiente escolar, no clima e na convivência nas escolas, na formação de professores ou na aprendizagem de estudantes também é crucial para um bom aproveitamento dos recursos aplicados. 

Mas não é só na avaliação de políticas, programas e avaliações que a Fundação Carlos Chagas atua. “O grupo Avaliação Educacional é muito antigo e se constituiu muito antes, a partir de um desafio que está na origem da nossa instituição, que era o de fazer avaliações para seleção. Como selecionamos os melhores candidatos para os cursos de medicina?”, conta Adriana. 

Em 1963, um conjunto de professores de faculdades da área médica criaram o Centro de Seleção de Candidatos às Escolas Médicas e Biológicas (CESCEM), com o objetivo de organizar a realização de vestibulares e melhorar a seleção de pessoal. O CESCEM deu origem à FCC no ano seguinte, com ampliação do escopo para outros processos seletivos e concursos públicos e para a pesquisa educacional. Desde então, a FCC já participou da organização de grandes provas, como vestibulares, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), além de ser responsável pela avaliação de diversos programas educacionais. 

A partir das pesquisas realizadas na instituição e expertise na área, a FCC criou o periódico Educação e Seleção, publicada entre os anos de 1980 a 1989 e que deu origem à revista Estudos em Avaliação Educacional – EAE, classificada como pertencente ao estrato A1 do Qualis Periódico Capes (2017-2020). 

Em agosto deste ano, a Fundação Carlos Chagas traz uma série de textos para conhecer diferentes facetas do grupo de pesquisa Avaliação Educacional e seus projetos que variam da escala nacional ao chão das escolas. 

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Avaliação Educacional
Grupo de pesquisa da Fundação Carlos Chagas que tem como meta prioritária gerar conhecimento no campo da Avaliação Educacional, a partir da produção, sistematização, análise e divulgação de pesquisas, bem como da reflexão teórico-metodológica, de forma a ampliar os referenciais que sustentam propostas de investigação na área.

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