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Ensino de Ciências da Natureza e suas Tecnologias na educação básica do Brasil – primeira etapa

Coordenação: Sandra Unbehaum (DPE/FCC)

Equipe:
Pesquisadoras DPE/FCC: Amélia Artes e Thaís Gava (assistente de pesquisa)
Bolsistas: Carolina Rosignoli e Carolina S. Piaia (assistentes de pesquisa)

Financiamento: British Council

Vigência: 2020-2022

Descrição: Não apenas o Brasil, mas países de diferentes continentes têm empreendido esforços para o aprimoramento de bases curriculares, sobretudo na última década, com um olhar específico para o letramento científico. O motivo desse interesse tem entre suas razões garantir maior e melhor conhecimento de ciências da natureza e tecnologia pela população, visando a ter o protagonismo na produção de soluções tecnológicas e científicas para vários problemas sociais e ambientais. A recomendação de priorizar o ensino e a aprendizagem de ciências se coaduna às expectativas em relação à implementação da BNCC-Ciências e corrobora a importância de apurar outros estudos sobre ensino de ciências, bem como inventariar possíveis iniciativas locais e regionais de ações curriculares, assim como outras voltadas para a formação docente. Vale destacar outro desafio para o ensino das ciências: o de fomentar maior equidade de gênero e de raça. O objetivo desse projeto foi produzir um panorama do ensino de Ciências da Natureza e suas Tecnologias no Brasil capaz de apontar suas especificidades e os principais desafios, considerando a implantação da BNCC e a formação docente. A pesquisa realizada é de cunho bibliográfico e documental, circunscrita à última década (2010-2020). Esse recorte temporal buscou abranger e situar os marcos legais discutidos no Brasil no período, a produção acadêmica (pesquisas), bem como o conhecimento gerado por organizações da sociedade civil (relatórios técnicos, guias, recomendações, diagnósticos). Além disso, o panorama apresenta dados estatísticos nacionais disponíveis de modo a oferecer uma visão ampla sobre as configurações básicas do ensino de ciências, em especial sobre a formação inicial de professores, bem como sobre professores e estudantes da educação básica. Para tanto, foram analisadas as bases de dados federais do Censo da Educação Básica e Censo da Educação Superior, ambas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), incluindo as informações publicadas nas Sinopses Estatísticas da Educação Básica e em outros estudos disponíveis. Sempre que possível, os dados foram organizados a partir da desagregação (sexo, raça/cor e regionalidade), com o objetivo de dar visibilidade para desigualdades e seus impactos na educação. No levantamento dos marcos legais brasileiros sobre o ensino de ciências, foram elencados os principais documentos que organizam e orientam os sistemas de ensino, com especial atenção para a BNCC e a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada). Sobre a formação inicial docente, realizou-se levantamento bibliográfico, não exaustivo, no intuito de evidenciar os processos e desafios recentes enfrentados no ensino de ciências no país. Foi realizado ainda um levantamento bibliográfico da produção acadêmica na plataforma SciELO (Scientific Electronic Library Online), portal que reúne, organiza e publica na internet textos completos das principais revistas acadêmicas brasileiras. O propósito foi sistematizar um estado da arte do conjunto de artigos publicados, selecionados a partir do descritor “ensino de ciências”, identificando as temáticas prevalentes, a fim de sinalizar contribuições e lacunas diante dos desafios desse campo de conhecimento.