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FCC divulga resultados iniciais de pesquisa

 

|16/06/20

O DPE/FCC (Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas) divulgou, nesta terça-feira (16/06), o Informe N. 1 com os resultados iniciais da pesquisa Educação escolar em tempos de pandemia na visão de professoras/es da Educação Básica. Entre os dias 30 de abril e 10 de maio, mais de 14 mil docentes de todo o País responderam ao questionário on-line e contaram como estavam desenvolvendo suas atividades nas primeiras semanas de isolamento social, conciliando o trabalho com a vida privada, além de indicarem suas expectativas para o período pós-pandemia.

O perfil majoritário das respondentes é de mulheres brancas, atuantes na rede estadual e que lecionam no ensino fundamental na região sudeste do Brasil. De acordo com os resultados do estudo, após a suspensão das aulas presenciais o trabalho docente aumentou e mudou. Observa-se a preocupação das profissionais em organizar o tempo com os alunos, garantindo o conteúdo das disciplinas e, dentre as estratégias utilizadas, ressalta-se o uso de materiais digitais via redes sociais (e-mail, WhatsApp etc.) em todas as etapas/modalidades.

A expectativa, tanto em relação à aprendizagem quanto à percepção de que seus alunos conseguem realizar as atividades propostas, está próxima de 50%. Na avaliação acerca da possível ansiedade/depressão dos estudantes, 53,8% consideraram que aumentou.

A maioria sente-se apoiada pela escola e acredita que o vínculo entre a instituição de ensino e a família aumentou. No entanto, professoras e professores negros sentem-se menos apoiados.

Sobre o retorno das atividades escolares presenciais, a maioria das professoras é favorável: à readequação nos modelos de avaliações; ao rodízio de alunos; e à continuidade do ensino on-line junto com o ensino presencial. Embora a maior parte das respondentes esteja recebendo regularmente seus salários, entre aquelas que não estão, o percentual mais elevado é de negros.

Suspensão das aulas presenciais

No Brasil, 81,9% dos alunos da Educação Básica deixaram de frequentar as instituições de ensino. São cerca de 39 milhões de pessoas. No mundo, esse total soma 64,5% dos estudantes, o que, em números absolutos, representa mais de 1,2 bilhão de pessoas, segundo dados da UNESCO.

Sobre a pesquisa

O estudo foi realizado pelo DPE/FCC, em parceria com a UNESCO do Brasil e com o Itaú Social. Em breve, será divulgado o Informe N. 2 com destaque à interseccionalidade de gênero e raça e às especificidades entre a educação pública e a educação privada.

Novas etapas da pesquisa estão em desenvolvimento como, por exemplo, um questionário on-line direcionado às professoras e aos professores que atuam com alunos público-alvo da educação especial (alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação), em classe comum ou no atendimento especializado. O objetivo é identificar, na visão das professoras e dos professores, quais são os desafios enfrentados para garantir o acesso e a participação desse alunado nas aulas remotas, assim como as estratégias propostas com vistas à efetivação do direito à educação na perspectiva inclusiva.