|24/10/23

Por Lara Mello

No dia 23 de outubro, em Sapopemba, na capital paulista, ocorreu um episódio de violência extrema em uma escola, no qual houve o falecimento de uma estudante. Esse é o nono caso em escolas brasileiras no ano de 2023, o que evidencia a urgência em debater o clima e a convivência escolar e tomar ações para aprimorá-los.

Adriano Moro, pesquisador da Fundação Carlos Chagas, concedeu entrevista ao Centro de Referências em Educação Integral destacando a importância de se dedicar esforços para a convivência escolar. Segundo o especialista, a violência é estrutural e temos que “valorizar e investir na cultura de paz, na convivência democrática e cidadã, não apenas na cultura de segurança.” Assim, é fundamental construir um ambiente escolar com diálogo e cooperação para que  cada um sinta-se seguro, pertencente e com senso de justiça.

Doutor em Educação pela Unicamp, com doutorado sanduíche na Universidade de Harvard, Adriano enfatiza o papel de políticas públicas voltadas ao tema.

“O poder público e a sociedade também precisam fazer valer o papel social da escola em formar uma sociedade mais igualitária e justa, em ser palco de formação  humanizada, de construção de relações sociais éticas, inclusivas e democráticas, para que cada estudante possa interagir com quem é diferente dele.”

E esse diálogo não pode deixar de lado questões étnico-raciais, relações de gênero e o capacitismo, sendo necessária a reflexão de como afetam a escola. O investimento na atuação de assistência social, saúde e atenção psicossocial também se faz necessário para lidar com a complexidade dos contextos escolares.

Confira a entrevista completa ao Centro de Referências em Educação Integral.