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Em entrevista, professora da Esalq/USP fala sobre o projeto que foi um dos vencedores do Prêmio Prof. Rubens Murillo Marques em 2019

 

|19/12/19

Taitiâny Kárita Bonzanini realizou projeto para que estudantes da licenciatura vivenciassem os desafios e descobertas da docência ainda durante a graduação

Há nove anos, a Fundação Carlos Chagas promove o Prêmio Prof. Rubens Murillo Marques. A iniciativa visa a valorizar e a divulgar experiências formativas propostas e realizadas por docentes dos cursos de licenciatura na formação de professores para a educação básica. Nesta Edição foram recebidas 94 inscrições de todas as regiões do país. Entre os três projetos vencedores está o realizado por Taitiâny Kárita Bonzanini, professora das licenciaturas em Biologia e em Ciências Agrárias, na Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Departamento de Economia, Administração e Sociologia), em Piracicaba (SP). Confira a entrevista com a professora abaixo:

Premiada neste ano, a professora da Esalq/USP teve seu projeto entre os dez melhores na Edição anterior, em 2018. “Acreditamos que a persistência e motivação da professora podem motivar outros candidatos a submeterem novamente seus projetos”, avaliam Patrícia Albieri de Almeida e Gisela Lobo Tartuce, coordenadoras do Prêmio e pesquisadoras do Departamento de Pesquisas Educacionais da FCC.

Taitiâny foi reconhecida pelo projeto A formação docente e os diferentes momentos de instrumentação para o exercício da profissão, desenvolvido para que estudantes das licenciaturas tivessem a oportunidade de vivenciar os desafios e descobertas da docência ainda durante a graduação. Para isso, foi firmada parceria com escolas públicas de Piracicaba, nas quais os futuros professores foram convidados a observar, registrar e analisar os projetos pedagógicos e os planos das disciplinas. A iniciativa também incluiu o planejamento de oficinas didáticas para estudantes de educação básica, que poderiam contemplar uma sequência didática, um projeto de ensino, ou outro tipo de prática pedagógica, com duração de três a nove horas de aulas.

“As ações modificaram minha própria prática, que agora uso em outras disciplinas obrigatórias”, afirma Taitiâny. Buscando contemplar a dinâmica ação-reflexão-ação na formação desses estudantes, os textos utilizados ao longo do projeto foram selecionados em comum acordo entre licenciandos e professora formadora. O projeto destaca-se pelo uso de metodologias ativas (sala de aula invertida, aprendizagem em equipes, aprendizagem baseada em problemas), pela abordagem investigativa e a incorporação de recursos e metodologias diversificadas de ensino.

A professora explica que a proposta nasceu em 2016, como um projeto piloto, e sua implementação teve início em 2017. “É gratificante contribuir para que alunos da licenciatura se aproximem do fazer docente, articulando teoria e prática. Nosso objetivo é que eles se sintam mais motivados com a profissão”, orgulha-se Taitiâny.

Além de Taitiâny Kárita Bonzanini, a 9ª Edição do Prêmio Prof. Rubens Murillo Marques reconheceu o trabalho de outros dois professores:

Cada vencedor recebeu um prêmio de R$ 20 mil, diploma e troféu – uma réplica da escultura da artista plástica Vera Lucia Richter. Além disso, os projetos vencedores foram publicados em detalhes no número 57 da série Textos FCC. Veja aqui como foi a cerimônia de premiação.

A seleção dos vencedores foi realizada por uma Comissão Julgadora, composta por especialistas na área da formação docente do projeto inscrito e pelo Comitê Executivo do Prêmio. A avaliação considerou a originalidade dos procedimentos didáticos empregados, ou seja, a utilização de estratégias diferentes das usuais, que tenham sido criadas, agregadas ou adaptadas pelo autor do projeto visando à aprendizagem do futuro professor da educação básica, bem como o potencial multiplicador da experiência.