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Experiência premiada pela Fundação Carlos Chagas promove formação educativa em museu e valorização do patrimônio histórico

Projeto realizado no Museu Integrado de Roraima incentiva novas metodologias e práticas pedagógicas na preservação da memória local 

26/04/24 | Por Jade Castilho, assessoria de comunicação da Fundação Carlos Chagas, comunicacao@fcc.org.br

Composição de fundo verde, com curvas laranjas na parte inferior. Sobre a imagem, há o texto: “Prêmio Professor Rubens Murillo Marques 2023. História e memória. Museu Integrado de Roraima como espaço de ensino e aprendizagem. Projeto vencedor é da área da Licenciatura em História”. O logo da Fundação Carlos Chagas e seus perfis nas redes sociais aparecem em uma barra inferior branca.

Além dos muros da escola, Giseli Deprá, uma das vencedoras da 13ª edição do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques, desenvolveu uma experiência formativa no Museu Integrado de Roraima (MIRR). A docente do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Roraima (UERR) realizou atividades práticas no acervo do único museu do estado de Roraima com estudantes da disciplina de Prática Profissional II – Museus, Arquivos e Acervos Digitalizados. 

De março a dezembro de 2022, cerca de 36 educandos tiveram contato com materiais líticos, cerâmicos, artefatos, cestarias, adornos e utensílios indígenas diversos dos acervos arqueológico, histórico e etnológico do museu, a fim de se familiarizar com o ambiente de atuação do historiador e, com isso, adquirir novas formas de aprendizado.

As atividades desenvolvidas nesse espaço não formal de ensino subsidiaram os conteúdos aprendidos em sala de aula. A experiência, ao mesmo tempo que apoiou o tratamento do acervo, forneceu possibilidades para ampliação das atividades curriculares e práticas do curso de História. 

“Os alunos manifestaram interesse em participar dessa atividade porque isso os aproximaria de uma futura atividade profissional que foge à licenciatura. Eles viram, nessa experiência pedagógica no museu, uma possibilidade de adquirir habilidades que os qualifique para o exercício do ofício do historiador, em um campo diferente da atuação docente”, conta Giseli. 

A experiência teve como objetivos aprofundar conhecimentos relacionados ao patrimônio e à memória, conhecer as possibilidades do uso do museu e suas coleções na pesquisa e no ensino de história, além de envolver a comunidade acadêmica, a sociedade interessada e as escolas do ensino básico em um trabalho para salvaguardar o patrimônio local por meio de visitas ao acervo museológico. 

Com esse trabalho, Giseli pode contribuir para o diálogo sobre a diversidade regional do estado e o resgate da história indígena. “O Museu Integrado de Roraima vai trazer, por meio de objetos e diversos elementos do acervo, essa outra história de origem e formação do estado. A partir deste acervo, fica evidente que a história de Roraima nasce com a presença indígena, e não a partir da chegada do colonizador português”, complementa a professora. 

A avaliação de resultados foi feita com o relato dos estudantes e acompanhamento das práticas, como visitas ao acervo, atividades de preservação, curadoria e organização de exposições.  

As novidades na educação exigem uma constante atualização do professor formador. Ao ter contato com os alunos, Giseli reforça o aprendizado para compreender o contexto de vida dos estudantes e novas possibilidades de elaborar o planejamento da disciplina. A professora também destaca que o projeto teve desafios, como a falta de investimento e incentivos. 

“Um dos desafios foi manter todos os alunos envolvidos, diante da falta de infraestrutura e de recursos para comprar os materiais adequados ao trabalho”, relata.

Reconhecimento histórico 

Com a premiação, a iniciativa de Giseli e o próprio Museu Integrado de Roraima ganharam maior visibilidade na cidade e no estado. Para ela, a iniciativa da FCC reforça a importância de se pensar o patrimônio histórico e cultural e sua valorização pelo poder público e pela universidade. 

“O patrimônio histórico e cultural local é uma questão que deve ser acessada pela população para a salvaguarda da memória social. Os diversos elementos que compõem os acervos do museu estão diretamente ligados à raiz histórica da formação do estado. Isso envolve não apenas os alunos, mas também toda a sociedade. Então considero que a valorização do patrimônio histórico e cultural é uma questão urgente, que precisa ser trabalhada e sensibilizada no poder público”, finaliza. 

Saiba mais
História e memória: o Museu Integrado de Roraima (MIRR) como espaço de ensino e aprendizagem
O projeto foi desenvolvido pela professora Giseli Deprá e pode ser acessado na série Textos FCC.

Prêmio Professor Rubens Murillo Marques 2024
Inscrições abertas até o dia 10 de junho. Confira o edital and regulamento.

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