1. Início
  2. |
  3. Fcc Notícias
  4. |
  5. O uso de dados para equidade na educação é debatido em seminário com participação da Fundação Carlos Chagas
Avaliação | Processos Seletivos  
Pesquisa e Educação
Concursos
Avaliação | Processos Seletivos  
Pesquisa e Educação
Concursos

 

O uso de dados para equidade na educação é debatido em seminário com participação da Fundação Carlos Chagas

 

Cartaz com os dizeres: Dados para equidade na educação. A imagem tem fundo cinza claro, com quadrados de bordas arredondadas nas cores azul, vermelha e amarela enfileirados na parte superior e na parte inferior. O logotipo da Fundação Carlos Chagas e os ícones de perfis das redes sociais aparecem em uma barra inferior branca.

|13/12/23

Durante o evento, pesquisadora da FCC comenta sobre o efeito da pandemia de covid-19 no aprofundamento de desigualdades expressas por indicadores e sobre o processo de abandono escolar

 Por Luanne Caires

Nos dias 12 e 13 de dezembro, ocorreu o seminário Dados para Quê? Formulação, financiamento, monitoramento e avaliação da equidade educacional, organizado pelo Ministério da Educação (MEC), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A pesquisadora Amélia Artes, integrante do grupo Gênero, Raça/Etnia: Educação, Trabalho e Direitos Humanos, da Fundação Carlos Chagas, esteve presente no evento e participou do painel Educação em direitos humanos, realizado às 14h da tarde de terça-feira. 

Amélia destacou a educação como um direito universal e a preocupação com o fato de a educação ainda não ser vista como um direito humano por parcelas representativas da sociedade. A pesquisadora também abordou a necessidade de se pensar a coleta e a análise de dados educacionais considerando os contextos em que eles são produzidos, inclusive aqueles de crises climáticas e sanitárias, como a pandemia de covid-19: “Os dados são de fundamental importância para que a gente pense em políticas públicas, mas, se a gente entende educação como um direito humano, tem que olhar para quem esses dados estão sendo trazidos e quem está atrás desses dados; a pandemia é um marco na vida das pessoas e a gente precisa pensar a educação nesse contexto”.

Os efeitos da pandemia podem ser vistos no aprofundamento de desigualdades, no aumento do abandono escolar e nas perdas de aprendizagens. Amélia questiona a perspectiva de que os indicadores de 2023 voltarão a ser semelhantes aos registrados em 2019, com uma retomada dos níveis pré-pandêmicos. “A gente precisa entender o que significam os dados do INEP considerando a passagem entre os anos letivos desde 2020 (início da pandemia) até 2022 (retorno da escola presencial). Afinal, parte das políticas públicas defenderam a não retenção por falta e/ou desempenho  escolar. No final de 2022, a política do município de São Paulo era não reter os alunos porque eles tinham acabado de voltar [da pandemia] e aquela escola era uma escola diferente”, afirma.

Além de discutir o levantamento de dados para inclusão de estudantes em vulnerabilidade, pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas, o evento teve o objetivo de propor recomendações para coleta e uso de dados nos níveis da União, estados e municípios. 

O seminário foi voltado para especialistas, pesquisadores e membros das secretarias estaduais e municipais de educação. O evento foi gravado e é possível assistir à transmissão pelo canal do MEC no YouTube. 

Saiba mais
Abandono escolar e a pandemia no Brasil: efeitos nas desigualdades escolares
Estudo da Fundação Carlos Chagas analisa o abandono escolar durante a pandemia de covid-19 pela perspectiva da interseccionalidade, levando-se em conta duas faixas etárias (11 a 14 anos e 15 a 17 anos), sexo, raça/cor e deficiência.