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Veja como será a participação dos pesquisadores do Departamento de Pesquisas Educacionais da FCC na 39ª Reunião Nacional da ANPEd

 

|21/10/19

Cinco pesquisadoras do DPE (Departamento de Pesquisas Educacionais) da FCC (Fundação Carlos Chagas) tiveram seus trabalhos aprovados e estarão na 39ª Reunião Nacional da ANPEd (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), que acontece de 20 a 24 de outubro, em Niterói – RJ. Confira logo abaixo as datas, horários e resumos das atividades que contarão com a participação da FCC.

Neste ano, o evento terá como tema “Educação pública e pesquisa: ataques, lutas e resistências”. Com uma vasta programação (confira aqui), as atividades estarão distribuídas entre os 24 GT’s (Grupos de Trabalhos) da Associação.

Fundada em 16 de março de 1978, a ANPEd congrega programas de pós-graduação stricto sensu em educação, professores e estudantes vinculados a esses programas e demais pesquisadores da área.

Veja a seguir como será a participação da FCC na 39ª Reunião Nacional da ANPEd:

Painel de Pesquisa – Política e gestão da educação básica: diretrizes oficiais e seus desdobramentos em escolas
GT05 – Estado e Política Educacional
Coordenação: Angela Maria Martins, pesquisadora do DPE/FCC e professora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Cidade de São Paulo
22 de outubro, das 8h30 às 10h30

Organizado pela Relag (Rede de Planejamento e Gestão da Educação), o painel tem o propósito de discutir estudos ancorados em diferentes enfoques, preocupados em apreender o que ocorre efetivamente em sistemas, redes e unidades de ensino. Nessa perspectiva, serão discutidos dados da terceira etapa de investigação mais ampla que procurou caracterizar os cenários de gestão de escolas municipais no Brasil. Tem como propósito compreender práticas que se referem a ações encetadas na gestão de escolas públicas municipais, com foco na mediação de conflitos.

“A pesquisa partiu do pressuposto que percepções de diretores sobre suas práticas podem configurar potente subsídio para as políticas públicas de educação, quando vistas à luz do conceito de interações sociais, considerando que processos interativos possibilitam aos sujeitos criar grupos de referência e redes de relações que configuram comportamentos coletivos”, explica Angela Martins.

Minicurso – Avaliação da Educação Infantil no Brasil: debates teóricos, metodológicos e políticos
GT 07 — Educação de Crianças de 0 a 6 anos
Docentes: Cláudia Oliveira Pimenta, pesquisadora da FCC
Maria Luiza Rodrigues Flores, professora da UFRGS
Sandra Maria Zákia Lian Sousa, professora da USP e pesquisadora consultora da FCC
22 e 23 de outubro, das 8h30 às 10h30

Com base em contribuições da literatura relativas à avaliação de políticas e ao campo da educação infantil, o minicurso propõe a análise de estudos e propostas de avaliação direcionadas à primeira etapa da educação básica, propiciando um debate politicamente situado sobre iniciativas contemporâneas de avaliação educacional.

Cláudia Pimenta tem a expectativa de que o minicurso “contribua para reflexões acerca das concepções teórico-metodológicas da avaliação da educação infantil, presentes no cenário nacional; incentive o desenvolvimento de estudos sobre o tema; e informe gestores sobre características importantes que a avaliação da educação infantil precisa ter para se constituir em um instrumento capaz de colaborar para a garantia de uma educação infantil pública e de qualidade para as crianças brasileiras”.

Trabalho – Categorias teóricas de Shulman nas produções brasileiras
GT 08 — Formação de Professores
Apresentação: Patrícia Cristina Albieri de Almeida, pesquisadora da FCC
21 de outubro, das 14h30 às 16h

O estudo, que tem a coautoria de Ana Maria Gimenes Corrêa Calil, professora da Unitau, apresenta uma revisão sistemática da literatura na modalidade definida como revisão integrativa que buscou identificar as tendências e características das produções acadêmicas brasileiras que fizeram uso do PCK (conhecimento pedagógico do conteúdo) e dos processos de ação e raciocínio pedagógicos, categorias teóricas de conhecimento docente, formuladas por Lee S. Shulman e colaboradores. Foram localizadas 114 produções acadêmicas, sendo 35 teses, 40 dissertações e 39 artigos, a maioria publicada a partir de 2010. O interesse das pesquisas incide principalmente na formação inicial de professores e no docente que atua nos anos finais do ensino fundamental e/ou no ensino médio, tendo em vista apreender como ocorrem o desenvolvimento e a mobilização do PCK. Uma parcela significativa das produções é das áreas de Química, Matemática e Ciências, e as pesquisas combinam múltiplos instrumentos de coleta de dados.

“Apesar da intrínseca relação entre o PCK e os processos de ação e raciocínio pedagógicos, poucos estudos abordam a interdependência entre esses constructos. A análise das produções permitiu compor um retrato dos estudos que utilizam as teorizações desenvolvidas por Shulman, podendo, inclusive, estimular o desenvolvimento de novas pesquisas”, conclui Patrícia Albieri.

Trabalho – A chegada do discurso “ideologia de gênero” no contexto educacional brasileiro
GT 23 — Gênero, Sexualidade e Educação
Apresentação: Thais Gava, pesquisadora da FCC
23 de outubro, das 8h30 às 10h30

O trabalho reflete sobre como o discurso da “ideologia de gênero” é operacionalizado no Brasil, em especial no contexto educacional. Trata-se de um exercício analítico que busca identificar as estratégias utilizadas pelo campo ultraconservador para o enfrentamento do discurso dos direitos humanos, as escolhas feitas no presente para a manutenção dessa proposta dentro de um projeto de sociedade e, quem sabe, a construção de elementos que possam problematizar e criar alternativas para esse discurso. Nesse sentido, é possível afirmar que hoje vivenciamos uma investida de grupos conservadores para “diabolizar” o trabalho educativo com as questões de gênero e sexualidade e fragilizar o papel social e a própria escola como instituição.

Para Thais Gava, a Reunião Nacional é mais do que um momento de reflexão acadêmica, “a Anped hoje pode ser entendida como um espaço importante de articulação e incidência a favor da educação pública, laica e de qualidade para todas e todos”.

Trabalho – Pessoas com deficiência e o direito de concorrer a cargos públicos pela reserva de vagas
GT 15 — Educação Especial
Apresentação: Adriana Pagaime, analista de planejamento e pesquisa da FCC
24 de outubro, das 8h30 às 9h10

Serão apresentadas as principais conclusões de trabalho sobre política de reserva de vagas para pessoas com deficiência em concursos públicos, prevista pelo Decreto Federal nº 3.298/1999. Foram analisados editais de concursos públicos do Poder Judiciário Federal, publicados entre os anos de 2007 e2010, para verificar como a interpretação/aplicação da regra pode impactar na garantia dos direitos dessa população. Os textos dos editais dos concursos indicam que, apesar de a regulamentação ser de 1999, na prática, até meados de 2008, a reserva de vagas se constituía em mera formalidade, que, muitas vezes, inclusive, limitava a participação.

“A mudança na interpretação da norma e na sua forma de ser operacionalizada decorreu da pressão dos grupos de pessoas com deficiência, assim como da intervenção do Judiciário e dos órgãos de fiscalização e de controle”, argumenta Adriana Pagaime.